Estamos vivendo o auge da Era da Informação. Mais do que nunca, existe uma quantidade enorme de dados de usuários sendo gerada a cada segundo, o que deu origem ao que conhecemos hoje por Big Data.
Para se ter se ter uma ideia, segundo relatório da Anatel, o Brasil registrou mais de 234 milhões de acessos móveis (celulares e tablets com acesso à Internet) no ano de 2020.
Com esse elevado número de pessoas navegando diariamente na Internet, já parou para pensar na quantidade de e-mails enviados, publicações feitas nas redes sociais, compras realizadas em comércios eletrônicos e vídeos assistidos em plataformas de streaming?
Agora, trazendo para o mundo dos negócios, já imaginou como a análise desses dados pode ajudar uma empresa a entender o comportamento do consumidor e identificar, antes da concorrência, uma tendência de mercado? É por isso que, de acordo com o estudo da IDC, 87% das empresas entrevistadas disseram que investir em dados é prioridade para os próximos 5 anos.
Chegou a hora de entender, então, o que é Big Data e quais são as vantagens dele para qualquer tipo de negócio.
Acabamos de ver que, a cada segundo, uma quantidade gigantesca de dados é gerada no ambiente digital. Como fazer, então, para armazenar, processar, gerenciar e analisar todas essas informações em pouquíssimo tempo, de forma a filtrar aquelas que serão úteis para a tomada de decisão de uma empresa?
É exatamente esse o papel do Big Data. Por meio de ferramentas e sistemas específicos de Tecnologia da Informação (TI), os profissionais – como os cientistas de dados – têm a missão de transformar os dados estruturados (projetados previamente) e não-estruturados (sem estrutura pré-definida) em insights que possam melhorar a experiência de consumo dos clientes.
Para entender ainda melhor as suas características, vamos falar agora sobre os famosos 5 V’s do Big Data.
Como vimos, existe um volume estratosférico de dados, e a tendência é que essa quantidade só aumente. Na verdade, estudos mostram que 90% dos dados que circulam pela Internet foram criados apenas nos últimos anos, o que reforça essa tendência.
É só pensar na variedade de canais que temos hoje, nos quais circulam informações a todo momento: e-mails, redes sociais, plataformas de streaming, e-commerce, aplicativos com reconhecimento facial, GPS, entre outros.
Em 2018, pesquisas já apontavam para a geração de mais de 2.5 quintilhões de bytes de dados todos os dias.
É claro que, quanto mais informações uma empresa tiver sobre os clientes, melhor a possibilidade de se encontrar insights valiosos. Por outro lado, o desafio de filtrar o que é realmente relevante se torna ainda maior.
2. Velocidade
Sabemos que no ambiente digital tudo acontece muito rápido. E, da mesma forma em que há um volume gigantesco de informações sendo armazenadas, o processamento e a análise desses dados precisam ser feitos o mais rápido possível, praticamente em tempo real.
Caso contrário, muito desse material se tornaria inútil em pouco tempo ou ficaria perdido em meio a tantos outros.
Existem dados das mais diversas formas – textos, números, imagens, vídeos, pdfs, e-mails – e sendo gerados por fontes diferentes – redes sociais, aplicativos, bancos de dados etc.
Estima-se que 80% dos dados obtidos hoje vêm de fontes não-estruturadas (sem organização prévia), como as redes sociais. Saber lidar com a complexidade desse material e analisá-lo da maneira adequada para o objetivo da empresa são os desafios do Big Data.
4. Veracidade
Já que são várias as fontes e enorme a quantidade de dados, é fundamental que se cheque a veracidade daquilo que está sendo processado. Em tempos de fake news, informações que não condizem com a realidade ou que venham de lugares pouco confiáveis podem fazer a empresa tomar decisões equivocadas.
5. Valor
Por fim, é preciso saber se todo o material armazenado, processado e analisado terá realmente valor para a empresa. Isto é, se será capaz de traduzir o comportamento do consumidor, apontar novas tendências, trazer insights para as campanhas de marketing e servir de base para ações que visem melhorar a experiência de consumo.
Já reparou que praticamente toda plataforma de streaming (como a Netflix e o Spotify) oferece uma lista de filmes, músicas ou vídeos recomendados com base no conteúdo que o usuário consome?
Como conseguem descobrir as preferências de cada um? Por meio de Big Data, é claro. Eles analisam todo o comportamento do cliente dentro do aplicativo, como a idade da pessoa, quais conteúdos ela costuma assistir, quanto tempo por dia gasta em média no app, quais gêneros prefere etc.
A partir daí, fica muito fácil criar uma experiência personalizada de consumo e, consequentemente, o cliente aumenta a sua percepção de valor daquele produto/serviço.
Ao trabalhar com dados fornecidos pelos próprios clientes, a empresa consegue tomar as melhores decisões baseadas nas necessidades reais desse público. É como se eles revelassem para você: “estou com esse tipo de problema e estou procurando esse tipo de produto”.
Se você tem um e-commerce, por exemplo, e consegue descobrir quais produtos um determinado cliente andou comprando ou pesquisando em seu site, ao invés de mandar um e-mail marketing oferecendo coisas aleatórias, você consegue ir direto ao ponto e mostrar o que ele realmente quer comprar.
3. Redução de custos
Justamente por basear as suas decisões em dados, e não em achismos, os seus investimentos e campanhas de marketing serão mais eficientes. Logo, a sua empresa não vai perder dinheiro anunciando de maneira equivocada para o público errado.
E quando você sabe o que fazer, como fazer e para quem fazer, economiza tempo e dinheiro em todas as etapas operacionais do seu negócio.
4. Previsão de tendências e oportunidades de mercado
Ao usar o Big Data para analisar as avaliações, comentários, pesquisas de satisfação e comportamentos dos consumidores, será possível perceber o que eles estão comprando, o que deixaram de comprar, por onde compram (site, aplicativo, telefone), em quais canais preferem receber mensagens e ofertas, quanto gastam, e mais uma infinidade de informações relevantes.
Por meio desses dados, a empresa conseguirá “prever” as tendências antes dos concorrentes e desenvolver produtos que estejam realmente alinhados com as novas expectativas dos clientes.
Vamos supor que você seja dono de uma rede de hotéis e começa a perceber que as reservas diminuíram, ou que os clientes não estão consumindo outros serviços.
Se você tiver os dados a seu favor, ficará bem mais fácil de descobrir onde está o erro. Inclusive, poderá fazer pesquisas de satisfação com os hóspedes e analisar os resultados.
Com um bom processamento e análise de dados, é possível identificar inconsistências de maneira mais rápida e detectar possíveis ameaças e fraudes, antes que elas aconteçam, de fato.
Não importa qual seja o setor (varejo, hotelaria, financeiro, e-commerce, saúde, alimentação) ou o tamanho da empresa (pequena, média, grande), o Big Data sempre será essencial para se destacar da concorrência e oferecer a melhor experiência de consumo aos clientes.
Neste artigo, mostramos 6 vantagens de usar dados como forma de obter insights valiosos para qualquer negócio. Porém, os benefícios do Big Data não param por aqui.
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