De hoje (4 de julho) até o dia 7 de julho, o Brasil sediará a cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, um evento de grande relevância para a geopolítica e a economia global. Para líderes empresariais, acompanhar os desdobramentos entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul é mais do que uma questão diplomática: é uma vantagem competitiva.
Neste artigo, destacamos cinco lições estratégicas que organizações inovadoras podem aprender com o BRICS e por que elas importam agora.
A composição plural do BRICS mostra como economias diferentes em cultura, estágio de desenvolvimento e estrutura política podem cooperar com objetivos comuns. No mundo dos negócios, essa lógica se aplica diretamente: diversificar mercados, fornecedores, talentos e canais reduz a dependência de um único ponto de falha e fortalece a resiliência da empresa.
Conselho estratégico: Avalie sua cadeia de valor. Existem riscos excessivos concentrados em um único país, cliente ou fornecedor? Busque alternativas em mercados emergentes eles estão cada vez mais relevantes.
O BRICS não nasceu com poder, mas construiu relevância com diplomacia ativa, fóruns permanentes e acordos bilaterais. Líderes empresariais também precisam atuar como articuladores dentro e fora da empresa. Influência não vem apenas do tamanho da operação, mas da capacidade de formar coalizões e fomentar ecossistemas.
Conselho estratégico: Seja parte de redes estratégicas. Parcerias com outras empresas, presença em fóruns internacionais e atuação em comunidades de inovação fortalecem sua posição competitiva.
Um dos motores do crescimento dos BRICS é o uso de dados e tecnologia para entender seus próprios mercados e projetar poder internacional. No setor privado, a capacidade de transformar dados em decisões é igualmente transformadora.
Conselho estratégico: Invista em inteligência de dados para guiar decisões de expansão, precificação, personalização e alocação de recursos. Em mercados voláteis, informação vale mais do que previsões.
Cada país do BRICS tem peculiaridades profundas. Estratégias padronizadas não funcionam igualmente no Brasil e na China, por exemplo. O mesmo vale para negócios. Vencer em múltiplas geografias exige adaptação, escuta ativa e respeito às nuances locais.
Conselho estratégico: Desenvolva produtos e abordagens com flexibilidade cultural e regulatória. Ser global não é replicar modelos, é saber adaptar com inteligência.
A ascensão do BRICS é reflexo de um mundo que deixou de ser unipolar. O mesmo se vê no consumo, no comportamento de clientes e nas tecnologias emergentes. A centralização excessiva é um risco. Líderes do futuro precisam navegar em um ambiente descentralizado, onde poder e inovação vêm de múltiplos polos.
Conselho estratégico: Adote uma mentalidade aberta a novas fontes de inovação e liderança. Não subestime concorrentes de mercados emergentes, eles podem ser seus futuros parceiros ou seus próximos grandes rivais.
A cúpula do BRICS no Rio em 2025 representa mais do que diplomacia: é uma oportunidade para líderes empresariais incorporarem cinco lições geopolíticas essenciais diversificação, alianças, adaptação local, investimento em tecnologia e visão de longo prazo. Ao aplicar essas estratégias, sua organização estará melhor preparada para os mercados globais emergentes e para influenciar o futuro que está por vir.