Visto como uma vantagem competitiva para empresas com presença digital, o Design System é hoje uma necessidade para marcas que desejam impactar o cliente. A Zoox conversou com o Lead UX, Otávio Ribeiro, e o Desenvolver Front-End Sênior, Leo Metzger para entender melhor como uma empresa pode construir um DS arrebatador.
“Design System não é um projeto, é um produto servindo outros produtos”, disse uma vez Nathan Curtis, fundador da Eightshapes.
Design Systems, apesar de serem ideias não muito recentes, acabam sendo novidades para muitas empresas que trabalham com produtos digitais, vendas em ambientes onlines ou mesmo aplicações digitais para oferecer seus serviços.
“Não dá pra falar de branding digital e não falar de Design System”, afirmou o Lead UX da Zoox Smart Data, Otávio Ribeiro.
“Se sua empresa está presente no meio digital, ter essa sinergia entre o Design System e os produtos, os valores da marca são um diferencial e tanto”, complementou.
O Design System (DS) se tornou uma vantagem competitiva. E se mostra como uma solução na hora pensar navegação ágil e fácil para os clientes finais dos produtos, ou mesmo para definir a identidade visual da marca e torná-la conhecida aos olhos de qualquer pessoa.
E quando pensamos nesse conceito de “ser reconhecível aos olhos de qualquer pessoa”, várias marcas vêm à cabeça, certo?E, provavelmente, todas essas marcas que você pensou têm um DS estruturado, um time que pensa essa vertical do negócio diariamente e que define parceiros, novos projetos e marketing a partir desse sistema.
Como bem definiu Otávio, “DS é uma biblioteca que eleva o manual de marca a outro patamar no meio digital. É uma grande caixinha de ferramentas para todos os produtos que Apple, Google, Uber, e até empresas menores têm. Isso porque facilita a construção de outros produtos e permite que o cliente reconheça a sua marca a partir de uma identidade visual mais forte”.
Mas, então, quais tipos de empresas precisam pensar em ter um Design System?
Para Otávio, essas 3 diretrizes são fundamentais para buscar o investimento em um Design System, já que o sistema vai depender diretamente de um entendimento mais avançado da marca. Se o nicho de negócio colocar a empresa numa posição em que a presença digital se dá através de produtos digitais, faz todo sentido investir em um DS, na visão do Lead UX.
O Desenvolvedor Front-End Sênior da Zoox, Leo Metzger, defende que o mais importante é a marca conseguir explicar qual problema quer resolver a partir do Design System.
“A empresa pode querer uma identidade visual própria e um design system bastante robusto, o que é caro e requer mais investimento; ou então ela pode ter uma identidade visual, mas não tão robusta e pode usar um DS genérico gratuito, mas sem construir uma identidade visual tão forte”, ponderou.
Traçando um paralelo, fica fácil de entender a importância de um DS ao pensar naquela loja de rede que você mais gosta. A experiência em todas as lojas vai ser a mesma e sempre prazerosa porque ela foi estrategicamente pensada para ser assim!
"Tem lugares que têm consistência visual e isso impacta o consumidor. Em redes de farmácia, por exemplo, tem a mesma iluminação, cores, organização do ambiente, tratamento do vendedor, e mesmo que tirassem a fachada, a logo da porta, você saberia que está naquela farmácia. Com o Design System é a mesma coisa, só que no meio digital. Quando você entra num ambiente da Zoox, por exemplo, toda a arquitetura da informação conversa entre si”, explica Metzger.
Na Zoox, desde a navegação, até a paleta de cores, estilo de botões, tudo passa por um mesmo fio condutor, que é o nosso Design System.
Ao aplicar soluções para clientes B2B, a Zoox leva toda a harmonia e facilidade de uso do seu sistema para o meio do cliente, dando ainda a opção de customização da plataforma para que a empresa consiga deixar tudo com a cara da própria marca.
Resumindo…essas são as 6 Principais vantagens de ter um Design System
Após perceber a necessidade de um DS, para começar a criação é preciso montar um time qualificado que entenda as necessidades e objetivos de negócio da empresa.
1 - Monte um time
Pelo menos um designer e um desenvolvedor front-end experientes precisam estar envolvidos nessa construção. Além desses profissionais, um designer visual, designers focados em UI e UX são excelentes contribuições.
“Mas defina bem seus objetivos e escolha bons profissionais”, aconselhou Metzger.
Para o desenvolvedor, é preciso atentar para programadores criativos e que consigam transparecer as necessidades da marca.
“A tecnologia é algo bruto. E quem faz desabrochar as possibilidades, a identidade da marca, é quem programa. Tem sempre sistemas na moda e os mais queridos, mas o mais valioso é encontrar um profissional que mostre criatividade”.
2 - Converse com o time
Seu time que vai desenvolver o Design System precisa e deve fazer uma série de entrevistas com a sua empresa, com os profissionais que mais precisam otimizar suas tarefas a partir do DS.
Entender as dores da empresa, os produtos já existentes, como eles vão ser afetados pelo design system. Além de ouvir stakeholders e usuários dos produtos.
3 - Defina princípios e desenvolvimento
Os princípios vão surgir a partir da observação e questionamentos que surgem ao encarar os principais desafios e objetivos da empresa. O time de DS precisa entender qual é o principal propósito do produto.
E alinhar tudo isso com os desenvolvedores e programadores, que são os responsáveis por materializar os componentes da biblioteca de DS. Essa cocriação vai permitir que não haja retrabalhos técnicos e de codificação.
4 - Apresente o Design System
Um conhecimento bruto, sem explicação, de nada vale, não é mesmo?
Com a biblioteca criada e definida, chegou a hora de arquitetar um documento acessível, com todas as informações de uso, o que pode, o que não pode, para passar aos demais membros da empresa.Se todos são embaixadores da marca e o Design System é um dos pilares, todos precisam saber como trabalhar em acordo com esse “Manual de Marca 2.0”.
É importante ressaltar que implementar uma cultura de design não é da noite pro dia, é preciso um esforço diário para engajar membros da empresa, seja através de dinâmicas, intranets, canais de comunicação ou mesmo inspeções periódicas nos conteúdos dos produtos criados.
Na hora de fechar parcerias também com outras marcas, é importante perceber se elas, assim como a Zoox, têm um DS estruturado e prezam por produtos e soluções que sejam “eye candy”, ou seja, gostosas de usar, de ter contato, de se envolver e que estejam sempre ligadas nas principais tendências de mercado.