É certo: quando falamos de entretenimento, nossas lembranças são guiadas às experiências que mais marcaram nossas vidas. Nossas lembranças vagueiam entre o que foi original e nunca antes visto, e que inovaram em suas apresentações, trazendo um apelo afetivo.
Neste especial da Zoox Smart Data, vamos trazer provocações sobre a importância de dados para o mercado do show business e como ele transformou a forma de fazer o entretenimento.
Atualmente, um showman precisa ir além e explorar a tecnologia a seu favor se busca se destacar no mercado.
Através dos dados, você poderá ver como a análise das métricas corretas podem fornecer uma transformação na indústria e como os conteúdos são apresentados, sempre visando maior e melhor assertividade.
Desde a invenção da primeira câmera de filme até o desenvolvimento do mais recente em CGI, a indústria do entretenimento não é estranha à adoção de novas tecnologias.
Por muito tempo, os meios de entretenimento se valiam da criatividade palpável e da utilização de habilidades técnico-manuais. Hoje, esse panorama foi modificado com a implementação de tecnologias que, além de entregar o desejado à audiência, explora formas de tornar disruptivo o cenário do show business.
A partir da utilização de tecnologias inovadoras, o consumo de entretenimento digital tornou-se mais comum no cotidiano dos usuários, trazendo para o mercado a necessidade de inovar. Como resultado, os criadores precisam usar big data para medir com mais precisão a popularidade de filmes, shows, séries televisivas, performances, programas de televisão para tomar as decisões mais estratégicas e econômicas ao comprar, vender e criar conteúdo.
Pensar em ciência de dados para a transformação do consumo necessita de compreensão mercadológica de como as novas gerações consomem e por quê consomem.
O primeiro passo é agregar dados do consumidor em todas as plataformas e serviços ao redor do mundo. Samuel Stadler, vice-presidente de marketing da Parrot Analytics, empresa de ciência de dados com sede em Los Angeles, diz que, no mundo fragmentado de plataformas e serviços de mídia de hoje, as métricas tradicionais do setor não são mais medidas precisas de desempenho e, portanto, não são mais úteis para negociar acordos e tomar decisões.
“A principal necessidade que nós (Parrot Analytics) estamos abordando é a segmentação que está ocorrendo”, afirma.
“O setor precisa de uma maneira padronizada de avaliar o desempenho do conteúdo, em todos os países, em todas as plataformas. Há tantos novos serviços de vídeo sob demanda por assinatura sendo lançados em todo o mundo, fazendo com que o público seja fragmentado em todo o espectro demográfico.”
Uma vez que os criadores possam ter uma medida precisa da demanda de seu conteúdo, só então eles podem começar a planejar de forma mais estratégica.
Muitas vezes utilizado como um mero chavão, o big data é utilizado para referir-se ao armazenamento e análise de grandes quantidades de dados.
O que muitas vezes é esquecido é que big data não é um fenômeno novo, mas apenas outra palavra para a 'virada computacional' da década de 1950 - a crescente transformação de nossas vidas por meio de novas formas de aquisição eletrônica de dados e a subsequente avaliação desses dados por computadores.
No entanto, "big data” não é apenas sobre dados, mas também envolve uma forte ideologia cultural. É sobre a análise massiva de dados que sugere uma imagem melhor e mais objetiva do nosso mundo. Não é à toa que os dados costumam ser chamados de novo petróleo.
Somente com a crescente disseminação da Internet e das mídias sociais e o número crescente de usuários produzindo dados ‘sociais’, as mesas em Hollywood começaram a virar.
Até agora, muitos dos grandes players de Hollywood, como a Disney e a Legendary Entertainment, perceberam o valor desse tesouro de dados, fazendo com que seus estúdios construíssem equipes que se concentram na análise de dados.
O entretenimento tem tudo a ver com fornecer às pessoas o que elas querem (ou não perceberam que queriam) para que elas pudessem se divertir. Nesse sentido, a tecnologia – e particularmente o big data – tornou-se incrivelmente útil.
Muitas evidências sugerem que o big data se tornará cada vez mais importante para Hollywood e o show business. Uma quantidade crescente de dados é coletada e avaliada pela indústria, desde postagens no Facebook até tweets, comentários no YouTube, classificação do IMDb ou até mesmo críticas na Amazon.
Os insights obtidos com a análise desses dados serão cada vez mais utilizados desde o desenvolvimento até a comercialização desses conteúdos. Alguns serviços de streaming já dão um passo adiante e realizam análises sofisticadas dos próprios serviços para informar o desenvolvimento de novos conteúdos.
A globalização e a natureza multiplataforma do conteúdo também permite um tamanho de amostra mais amplo quando se trata de testar a afinidade do público com o conteúdo.
Hoje, mesmo produtores independentes do Instagram e do Tik Tok têm acesso a uma infinidade de ferramentas de análises de dados. Essa é uma mudança interessante que democratiza o processo criativo, pois permite obter uma amostra muito mais ampla de feedback do que era possível antes, e tudo isso por meio do uso de aplicativos e telefones celulares.
E pensando através desta perspectiva, muitas empresas tomaram por exemplo o sucesso em outros canais e meios de comunicação, e estão explorando a transformação digital por meio de inovações no show business.
O meio musical é um que utiliza os insights gerados pelos dados, para entregar a experiência que o consumidor nem imagina que gostaria. Esse fenômeno revolucionou novas formas de lidar com o show business.
A necessidade de ir além do básico e entregar inovação, por meio de tecnologia, é o que marca o ponto competitivo do mercado. Empresas que não investem em inovação, tendem a ficar para trás.
O maior desafio se dá a partir da reestruturação necessária para a implementação, isso porque, para que o big data seja executado com excelência, deve haver uma enorme infraestrutura tecnológica para suportar o processamento dos dados.
Nesse artigo, separamos algumas histórias incríveis relacionadas a como a tecnologia permitiu a transformação e os dados permitiram a inovação no show business. Você verá como a complexidade desses elementos permitiram uma experiência diferenciada para os usuários, capaz de ser lembrada e usada de exemplo por muitos outros players.
O mundo virtual está cada vez mais presente no mundo físico. E quando essa tecnologia traz à “vida” um famoso astro que já partiu?!
Em 2014, cinco anos após a sua morte, o cantor Michael Jackson se “apresentou” ao som de Slave to the Rythm e foi o grande destaque no evento Billboard Music Awards, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
O show, que contou com dançarinos de carne e osso, só foi possível graças à tecnologia. E como foi possível essa apresentação? Utilizando o princípio da holografia.
Um holograma parte de um princípio parecido com o de uma câmera fotográfica, registrando um padrão de minúsculas faixas de luz, que são chamadas de franjas de interferência. Utilizando uma luz específica, essas franjas microscópicas são capazes de ser transformadas em uma pessoa ou um objeto reconhecível. Nesse caso, o cantor Michael Jackson.
O material, que levou aproximadamente um ano para ser feito e contou com a colaboração de 104 artistas e técnicos para a sua criação, encantou o público pelo seu realismo.
Confira a apresentação no vídeo.
Você já parou para pensar sobre como é a experiência de uma pessoa surda em um show musical?
De acordo com o Censo Brasileiro de 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental / intelectual. Desses, 5% declararam possuir deficiência auditiva.
Pensando em tornar as suas apresentações acessíveis, a banda britânica Coldplay adotou uma tecnologia que possibilita que Pessoas com Deficiência auditiva sejam incluídas em seus shows.
O sistema é dividido em duas partes que utilizam a tecnologia e os dados para se comunicarem entre si. Uma parte é conectada ao sistema de saída de áudio do palco do evento e é responsável pela captação de ondas sonoras. A outra parte é posicionada em coletes que são distribuídos para as pessoas com deficiência auditiva.
A parte do sistema que fica conectado à saída de áudio, emite ondas que se comunicam com a parte posicionada nos coletes, estimulando os sensores que criam toques e vibrações que permitem que o som seja sentido fisicamente pelas pessoas.
Outro case icônico que utilizou a tecnologia para criar uma apresentação memorável, aconteceu aqui no Brasil em um dos maiores festivais de música do mundo. Durante sua performance no palco do Rock in Rio 2019, a cantora P!nk sobrevoou o público presente de 100 mil pessoas, realizando diversas acrobacias ao som de seu hino So what.
Muitas pessoas ficaram surpresas com a performance e se perguntando “Como a P!nk conseguiu voar?” Nós estamos aqui para acabar com o mistério e te explicar como funciona a estrutura por trás desse famoso voo.
O equipamento que fez com que a cantora P!nk sobrevoasse o céu do Parque Olímpico é relativamente simples. Seu funcionamento se dá através de um sistema de roldanas acoplado a uma base giratória que é conectada a cabos de aço que são unidos a dois guinchos em forma de T e que seguem o formato do palco. Interligadas, essas peças são capazes de fazer objetos se deslocarem a uma certa altura do chão.
Tudo com muita segurança envolvida. A movimentação da cantora pelos ares era controlada por operadores do sistema que conseguiam deslocá-la em segurança pelo palco e entre as plataformas espalhadas no Parque Olímpico.
Esse sistema é bastante utilizado na suspensão de câmeras durante gravações e transmissões de eventos esportivos.
Confira esse momento da apresentação no vídeo.