Os investimentos mundiais em Tecnologia somarão US$ 3,8 trilhões em 2019, alta de 3,2% em relação a 2018, segundo o Gartner. A consultoria aponta que o crescimento será puxado por uma mudança do conceito da Tecnologia da Informação. Ferramentas tecnológicas antes vistas como improváveis, daqui a alguns anos estarão presentes trazendo recursos e facilidades. Porém, além dessas utilidades e facilidades, esses avanços tecnológicos podem acarretar consequências além do esperado.
A seguir, você encontra 5 tecnologias que merecem atenção nos próximos anos.
Existem funcionalidades incrivelmente úteis para o reconhecimento facial, mas ele pode ser facilmente utilizado para fins ilegais. A China é acusada de usar a tecnologia para vigilância de perfil racial. As câmeras do país não apenas localizam pedestres, mas também monitoram e controlam os muçulmanos que vivem no país. As câmeras da Rússia vasculham as ruas em busca de “pessoas de interesse”, e há casos no Brasil em que o reconhecimento facial falhou ao prender pessoas que não eram realmente procuradas.
Além disso, existe uma preocupação no depósito ilimitado de dados biográficos e cadastrais que remetem diretamente a uma pessoa. Dados como características biológicas e comportamentais que, se analisadas de forma automatizada, podem identificar a pessoa através de gestos e seu comportamento, assim como digitais de dedos e íris dos olhos. O problema está no fato do depósito cair em mãos que não deveriam.
A possibilidade de um drone inteligente o suficiente para ir em combate ou coordenar missões de busca e resgate está se aproximando da realidade. Através deles, será possível minimizar esforços e alcançar sucesso de maneira eficiente missões de busca e salvamento. Entretanto, essa tecnologia também poderia ser utilizada para missões bélicas, como guerrilhas e combates e, nas mãos erradas, poderia causar graves problemas.
O Departamento de Defesa norte-americano realizou, em outubro do ano passado, testes militares utilizando um enxame com 103 micro-drones.
As melhorias na inteligência artificial no sistema dois drones possibilitou que grupos de pequenos robôs possam agir em conjunto sob a direção humana ou de forma totalmente autônoma. Segundo o relatório dos testes, os micro-drones demonstraram comportamentos avançados de enxame, como tomada de decisão coletiva, formação adaptativa voando e auto-cura.
Com o apoio da inteligência artificial (IA), tudo o que é necessário para criar um clone da voz de alguém é apenas um trecho do tom da voz da pessoa. Da mesma forma, a IA pode tirar várias fotos ou vídeos de uma pessoa e, em seguida, criar um vídeo totalmente novo – clonado – que parece ser original.
A tecnologia Deepfake, por exemplo, que usa mapeamento facial, machine learning e inteligência artificial para criar representações de pessoas reais fazendo e dizendo coisas que nunca fizeram. Agora, está sendo direcionada para pessoas “comuns”. A tecnologia avançou a ponto de não exigir tantos dados para criar um vídeo falso convincente, além de haver muito mais imagens e vídeos de pessoas comuns da Internet em redes sociais para usar.
O GROVER é um sistema de inteligência artificial capaz de escrever uma notícia falsa a partir de apenas uma manchete de jornal. A OpenAI, uma empresa sem fins lucrativos, criou bots que produzem notícias e obras de ficção tão convincentes que a organização decidiu não divulgar publicamente a pesquisa para evitar o uso indevido da tecnologia. As possibilidades trazidas à luz por esses bots são de fazer qualquer governo perder o sono.
Os sistemas microeletromecânicos (MEMS), do tamanho de um grão de sal, possuem sensores, mecanismos de comunicação, fontes de alimentação autônomas e câmeras. Também chamado de motes, esse “pó inteligente” tem uma infinidade de usos positivos na área da saúde, segurança e muito mais, mas seria assustador controlar se usado para atividades ilícitas.