Se nos jornais fala-se em uma nova guerra fria, com a corrida acirrada entre Estados Unidos e China pelo desenvolvimento de novas tecnologias, o líder entre os países inovadores não é nenhum dos dois. Pelo menos é o que diz o Global Competitiveness Report, divulgado pelo World Economic Forum, que avalia 141 economias do planeta em diversos aspectos.
Os indicadores são organizados em 12 macro-pilares: Instituições; Infraestrutura; Tecnologias da Informação; Estabilidade Macroeconômica; Saúde; Habilidades; Mercado de Produtos; Mercado de Trabalho; Sistema Financeiro; Tamanho do Mercado; Dinamismo de negócios e Capacidade de inovação.
7- Alemanha
A Alemanha destaca-se principalmente pelo fator Reasearch&Development de tecnologias. Possui mais de 290 patentes para cada milhão de habitantes, uma das maiores médias do mundo.
6- Japão
Ainda que em sexto, o Japão lidera no fator Research&Development. O país possui, de longe, o maior número de patentes submetidas por milhão de habitantes: mais de 490.
5- Suécia
A Suécia possui a maior taxa de investimento em inovação em relação ao Produto Interno Bruto, 3,3%. Também é o quarto lugar internacional no quesito co-invenções por milhão de habitantes.
4- Holanda
Em 2019, o país se destacou pelo crescimento no indicador de Research&Development, além de ser o terceiro lugar no quesito colaboração de investidores estrangeiros.
3- China
Puxado principalmente por Hong Kong e Taiwan, a China é o quarto lugar em diversidade de força de trabalho, terceiro no número de patentes por milhão de habitantes, e um dos principais destaques em capacidade de inovação tecnológica.
2- EUA
Possui as principais instituições de pesquisa do mundo e o maior número de artigos científicos publicados. É o segundo país no quesito “dinamismo econômico”.
1- Singapura
Conhecida como “A Pérola da Ásia”, esta cidade-Estado de apenas 5,6 milhões de habitantes é hoje um dos maiores centros financeiros do mundo, o lugar que produz mais milionários e o mais caro de se viver.
Até a década de 60, Singapura era um país pobre e com altos índices de fome e miséria. Porém, o projeto econômico nacional efetuado ao longo de 40 anos catapultou o país para um novo estágio da economia.
“[Singapura possui] uma população capaz de falar chinês e inglês, instituições sólidas que funcionam e ausência de corrupção”, afirma Linda Lim, professora especializada em Economia Política no sudeste da Ásia, na Universidade de Michigan.
Com uma grande abertura para investimentos estrangeiros aliada a um sistema educacional de excelência, Singapura atraiu investimentos maciços ao longo dos últimos 50 anos e tornou-se, em 2019, o país mais inovador do mundo.
O Chile é o melhor posicionado, em 33º, seguido por México, 46º, Uruguai, 54º, e Brasil, 71º. Na análise do WEF, a economia brasileira está lentamente voltando a crescer após a recessão de 2016, mas ainda luta contra um índice alto de desemprego (11,4%) e vê a pobreza e miséria crescerem.
Carlos da Costa, secretário de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, diz que o Brasil ainda tem muito a melhorar. “Nós produzimos hoje 25% do que fazem os EUA”, diz o secretário, que também afirma a meta de o Brasil se tornar 50º até 2022.