Afinal, quais os países têm maior geração de dados? Embora a China e os EUA possam emergir como duas superpotências do Big Data, fontes de dados não são localmente concentradas como outras matérias – eles são gerados por diversas aplicações espalhadas internacionalmente, atuais e potenciais.
O volume de dados produzido por um país pode evidenciar quais países lideram a corrida tecnológica. Isso porque novas tecnologias, como dispositivos smart e maquinários avançados, são os maiores geradores de dados.
A Harvard Business Review empreendeu um trabalho ousado: mapear a evolução digital e competitiva de diferentes países no mundo. Para efetuar a pesquisa, a HBR identificou o índice “Produto de Dados Bruto” (Gross Data Product), a partir de quatro critérios: Volume, Uso, Acessibilidade e Complexidade.
Volume: quantidade absoluta de banda larga consumida por um país.
Uso: Número de usuários ativos na Internet.
Acessibilidade: Abertura institucional a fluxos de dados, avaliando se os dados gerados em um país são acessíveis a pesquisadores, inovadores e aplicações de IA.
Complexidade: Volume de consumo de banda larga per capita, como medidor da sofisticação e complexidade da atividade digital.
Embora os EUA tenham uma boa pontuação em todos os três critérios, a China opera com uma desvantagem se a acessibilidade global dos dados for considerada essencial para a criação de aplicativos de IA de sucesso.
Se a UE (então incluindo o Reino Unido) agisse coletivamente, representaria um produtor-chave que poderia rivalizar com os EUA. Além disso, as nações do BRICS, Brasil, Índia e Rússia, poderiam emergir como fortes competidores, principalmente em os pontos fortes dos dados brutos que eles produzem; no entanto, são prejudicados por questões de acessibilidade.
Atribuindo pesos equivalentes a todos os critérios, surge uma classificação de “novos” produtores de dados em uma ordem mundial atualizada:
Você sabia que a aeronave Boeing 787 pode gerar 40 terabytes por hora de vôo? Ele é equipado por uma série de sensores capazes de reduzir o consumo de combustível, ajustar velocidades, prever falhas e muito mais.
A Internet das Coisas confere muito mais segurança aos trabalhadores da indústria de mineração. Uma operação de mineração pode gerar até 2.4 terabytes por minuto, com sensores em maquinário
Veículos inteligentes são uma fonte quase inesgotável de dados. Eles transmitem dados para os manufatureiros, para os operadores de estradas, para o motorista, para autoridades, para seguradoras, etc.
De acordo com a Machina Research, a quantidade de dados gerados por Smart Cars pode travar as redes de internet em 2024. Isso porque, nas horas de rush, 2.3 bilhões de veículos estariam gerando dados ao mesmo tempo.
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Sensores Smart são capazes de coletar dados sobre quanta energia, água ou gás estão sendo utilizados a cada minuto. Essa informação, sozinha, envia uma quantidade inimaginável de terabytes para os servidores. E essa é apenas uma das aplicações possíveis do setor.
A Cisco estima que em 2019 mais de 578 milhões de wearables estariam gerando dados. A produção de dados varia de acordo com o dispositivo, mas o número cresce exponencialmente.
Um dos primeiros setores a adotar dispositivos inteligentes foi o de saúde. Hospitais utilizam dispositivos conectados para todo tipo de cirurgia e procedimento. Esse dado precisa ser guardado com cuidados especiais, pois será analisado e gerará novos dados ainda mais complexos.
Casas inteligentes já são uma realidade e o ecossistema de sensores cresce exponencialmente em 2020. Pesquisas predizem que uma única casa conectada pode gerar 1GB por semana. Assim, apenas as Smart Homes do Reino Unido seriam capazes de gerar 26 milhões de gigabytes por semana.