No estacionamento, seu celular te direciona para a vaga ideal. Na portaria, o reconhecimento facial libera sua entrada. Em todas as mesas, um carregador wireless para seu celular. Falando em celular, ele te avisa a hora que o café está pronto!
Parece um filme futurista, mas essa é a realidade de quem já trabalha na maior tendência dos próximos anos: os Smart Buildings.
Nós passamos aproximadamente 87% do tempo dentro de prédios. Além disso, a manutenção predial costuma ser o segundo maior custo das empresas, atrás apenas do pagamento de salários. Naturalmente, muitos esforços são feitos no intuito de diminuir estes custos e otimizar o tempo passado nestes ambientes. É nesse contexto que surgem os Smart Buildings.
Os Smart Buildings são construções feitas para integrar conexões wireless com sensores de Internet das Coisas, de forma a registrar e analisar o máximo possível de dados. A partir desses dados, as tecnologias possibilitam diversos tipos de otimizações que diminuem custos e melhoram a experiência nos ambientes. O principal objetivo é reduzir custos de longo prazo, beneficiando os proprietários, ocupantes e o meio ambiente.
As tecnologias Smart podem ser aplicadas em diversos setores, incluindo na gestão de iluminação, energia, temperatura, segurança e acesso.
Sensores que detectam a quantidade de ocupantes em uma sala podem preparar ambientes, adaptar a temperatura e apagar as luzes quando a sala estiver vazia. Se conectados ao sistema de gerenciamento de energia de todo o prédio, podem administrar a distribuição com mais eficiência, evitando desperdícios e se adaptando ao cotidiano dos ocupantes.
Por meio do reconhecimento facial, o trânsito no prédio fica mais fluido, pois não é mais necessário check-in (em casos de hotelaria) ou pedir permissão a porteiros e recepcionistas. Tudo isto sem abrir mão da segurança, pois há o acompanhamento em tempo real da localização de todos os ocupantes e o segurança responsável receberá um aviso tão logo alguém entrar em áreas não autorizadas.
Conheça mais: Benefícios do Smart Pass.
Para os síndicos e donos de prédios, o Smart Building proporciona uma maior visibilidade dos custos e equipamentos, facilitando o planejamento de manutenções preventivas e a elaboração de estratégias de economia. Em suma, essas tecnologias munem os responsáveis pelo prédio de informações para tomarem decisões estratégicas mais embasadas.
De acordo com uma pesquisa do IDC (IDC Energy Insights), os investimentos em soluções para tornar os edifícios mais inteligentes podem chegar a US$ 17.4 bilhões até 2019. O Brasil, contudo, ainda está engatinhando. No ranking das 165 cidades mais inteligentes do mundo, divulgado pelo IESE Bussiness School, o Brasil ocupa 6 posições: São Paulo (116), Rio de Janeiro (126), Curitiba (135), Brasília (138), Salvador (147) e Belo Horizonte (151).
Se as posições ainda são modestas, alguns projetos levam a crer que isso está mudando. É o caso da cidade de Armação de Búzios, no Rio de Janeiro, que utiliza tecnologia para otimizar o consumo e a produção de energia.
Em parceria público-privada, o governo implantou 60 lâmpadas LED controladas remotamente na região da Lagoa da Usina. A expectativa é que haja uma redução no consumo de energia de até 80%. Outra ação realizada pelo município foi a inclusão de medidores inteligentes em 222 domicílios, permitindo que a população controle melhor seus gastos.
Além disso, o Smart Pass da Zoox está sendo adotado por grandes redes de hotelaria, varejo, transportes e outros setores. Por meio do reconhecimento facial, a plataforma gera um perfil enriquecido do usuário e o conecta a centenas de outras aplicações, facilitando processos como check-in e a extração da inteligência de dados.
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