O conceito de risco de risco de imagem é diferente do risco reputacional. Assim, embora haja uma confusão entre ambos, eles abrangem situações diversas. Primeiramente, é importante frisar que a imagem de uma empresa é a percepção do público em geral, já a reputação é algo construído ao longo do tempo por meio de ações que gerem credibilidade.
Neste contexto, é importante notar que todas as ações tomadas pela empresa ou que se relacionem com ela, geram repercussões amplas, afetando outras empresas e criando um efeito dominó. Por isso, o gerenciamento dos riscos de imagem é algo que vem sendo discutido ultimamente, sobretudo após o avanço da comunicação por redes sociais e outros meios de propagação rápida de informações, sejam elas verdadeiras ou falsas.
Isso porque um evento negativo associado a uma marca influencia negativamente a imagem da empresa e de seus parceiros comerciais. Neste artigo, trataremos sobre os riscos de imagem, sua repercussão e responderemos dúvidas frequentes sobre o tema.
Os riscos de imagem são fatores internos ou externos que impactam negativamente a percepção do público sobre uma marca, ameaçando sua reputação no mercado. Assim, a imagem institucional representa como a empresa é vista por seus públicos estratégicos, formando uma "imagem mental" que pode ser positiva ou negativa.
Para construir uma imagem corporativa atraente para o público-alvo, são utilizadas estratégias de comunicação e marketing que destacam os diferenciais da marca e melhoram seu posicionamento na mente dos consumidores. Conceitos como "Share of Mind" (participação na preferência dos consumidores) e "Brand Equity" (valor da marca) são parte importante desse processo.
O "Share of Mind" refere-se à importância e reconhecimento de uma marca na preferência dos consumidores, enquanto "Brand Equity" se relaciona aos diferenciais que fazem os consumidores reagirem positivamente a novos produtos de uma marca conhecida. Um bom "Brand Equity" significa que a marca tem um valor agregado relevante, refletindo uma percepção positiva dos clientes.
Logo, quando a imagem de uma marca é atingida, isso resulta em perdas financeiras devido à desvalorização comercial da marca e dificuldades em estabelecer novos negócios e esses impactos comprometem a lucratividade e o futuro da empresa.
A adoção de práticas preventivas é essencial para evitar riscos de imagem, tais como a implementação de processos de gestão de risco de imagem e metodologias de gestão de crise para lidar com esses desafios.
Essas ações visam minimizar riscos institucionais por meio de estratégias planejadas que estabelecem uma comunicação positiva com o público, em vez de reagir a situações negativas. Desse modo, é preciso identificar riscos antecipadamente e investir na mitigação, especialmente em comunicação e criação de uma narrativa de comprometimento.
Para isso, manter um bom relacionamento com a imprensa é outro ponto relevante, pois uma relação baseada em diálogo e transparência com a mídia ao longo do tempo fortalece a imagem da organização.
A avaliação de riscos de imagem de uma empresa é um processo complexo que requer a consideração de diversos fatores visando identificar potenciais ameaças à imagem da empresa e a desenvolver estratégias para mitigar esses riscos. Confira agora alguns dos principais fatores a serem considerados:
Valores Éticos
A aderência aos valores e princípios éticos da organização.
Comportamento dos Colaboradores
Conduta dos funcionários, especialmente daqueles em posições de liderança.
Transparência
Nível de transparência nas operações e comunicação.
Conformidade
Adesão a leis, regulamentos, políticas internas e outras normas aplicáveis inclusive para elaboração das cláusulas contratuais.
Padrões de Qualidade
Manutenção da qualidade dos produtos e serviços.
Segurança dos Produtos
Garantia de que os produtos são seguros para os consumidores.
Planos de Contingência
Existência e eficácia de planos de resposta a crises.
Experiência Anterior
Histórico de resposta a crises anteriores.
Cumprimento das Leis
Adesão às leis e regulamentações locais, nacionais e internacionais.
Alterações Regulamentares
Impacto potencial de mudanças nas leis e regulamentos.
Reputação no Mercado
Como a empresa é vista por consumidores, investidores e outros stakeholders.
Cobertura da Mídia
Forma como a mídia reporta sobre a empresa.
Ações da Concorrência
Impacto das estratégias e ações dos concorrentes.
Benchmarking
Comparação com melhores práticas da indústria.
Satisfação do Cliente
Nível de satisfação e fidelidade dos clientes.
Feedback Negativo
Reclamações e feedback negativo dos clientes.
Clima Organizacional
Nível de motivação e satisfação dos funcionários.
Turnover
Taxa de rotatividade de funcionários e suas causas.
Confiança dos Investidores
Nível de confiança e participação dos investidores.
Performance Financeira
Impacto dos resultados financeiros na percepção dos investidores.
Relações com Fornecedores
Qualidade e estabilidade das relações com fornecedores e parceiros.
Dependência de Fornecedores
Grau de dependência de fornecedores específicos.
Proteção de Dados
Medidas de proteção de dados e privacidade.
Cibersegurança
Vulnerabilidade a ataques cibernéticos.
Adaptação Tecnológica
Capacidade da empresa de adotar e integrar novas tecnologias.
Obsolescência Tecnológica
Risco de tecnologias obsoletas.
Impacto Ambiental
Práticas de sustentabilidade e impacto ambiental.
Responsabilidade Social Corporativa (RSC)
Envolvimento em iniciativas de responsabilidade social.
Conformidade Ambiental
Adesão a regulamentações ambientais.
Desastres Ambientais
Preparação e resposta a potenciais desastres ambientais.
Plano de Comunicação
Existência de um plano de comunicação abrangente.
Gestão de Redes Sociais
Monitoramento e resposta em redes sociais.
Relações Públicas
Eficácia das estratégias de relações públicas.
Gerenciamento de Crises
Capacidade de gerenciar a imagem durante crises midiáticas.
Os impactos negativos relacionados ao risco de imagem são inúmeros. Para citar um exemplo relativamente recente, a Samarco, uma joint venture ligada a Vale e a BHP Billiton, enfrentou uma crise grave quando a barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, rompeu. Este incidente resultou em um dos maiores desastres ambientais do Brasil, liberando milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração no meio ambiente.
O rompimento causou uma devastação ambiental extensa, destruindo ecossistemas, poluindo rios e afetando milhares de hectares de terra. O desastre resultou na morte de pessoas e deixou centenas desabrigadas.
Além disso, o impacto social foi imenso, pois comunidades inteiras foram afetadas, perdendo suas casas, meios de subsistência e acesso à água potável.
Todo esse cenário gerou consequências jurídicas e financeiras, e a Samarco, juntamente com suas controladoras Vale e BHP Billiton, enfrentaram diversas ações judiciais com pedidos de multas e indenizações bilionárias.
Diante deste cenário, a percepção pública das empresas envolvidas foi severamente abalada e a confiança dos stakeholders, incluindo investidores, parceiros comerciais e clientes, foi seriamente comprometida, causando um dano irreparável a reputação.
Além disso, a cobertura da mídia foi intensa e negativa, destacando a falta de medidas preventivas adequadas e a resposta inicial insuficiente ao desastre. O incidente demonstrou a importância da gestão de riscos ambientais e de imagem, além de enfatizar a necessidade de uma comunicação eficaz e transparente com o público e as autoridades.
Desse modo, o desastre da barragem de Fundão permanece um exemplo claro de como um incidente pode causar danos duradouros à imagem de uma empresa, afetando sua reputação e operações por muitos anos.
A imagem da organização é um de seus principais ativos intangíveis. A comunicação transparente e aberta é vital para a gestão da imagem institucional. Por esse motivo, gerenciar o risco de imagem é um desafio que exige planejamento, investimento e a manutenção de bons relacionamentos com os principais públicos de interesse, incluindo colaboradores, prestadores de serviço e a imprensa.
Além disso, é importante notar que os colaboradores, em particular, são o primeiro público a perceber a imagem da empresa por meio de uma visão interna privilegiada capaz de avaliar com propriedade se a imagem projetada externamente está alinhada com a realidade interna.
Os riscos de imagem fazem parte do rol de riscos que a empresa deve gerenciar por meio de programas de Compliance e adoção de políticas internas robustas de mitigação. Para fazer este gerenciamento, o uso de ferramentas tecnológicas avançadas é imprescindível. Pensando nisso, a Zoox Smart Data desenvolveu soluções para sua empresa realizar checagens de diversos tipos em uma única plataforma.
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