Como Serão as Startups em 2020?
Começar uma Startup pode ser uma montanha-russa de emoções. Segundo a Forbes, para obter sucesso numa Startup, é preciso seguir 5 estágios iniciais: descobrir o problema principal; criar hipóteses de solução; ajustar a solução ao problema; colher dados de mercado; e, finalmente, adquirir clientes e lançar novos produtos/serviços.
Muitas das startups que estão se destacando no mercado nasceram com soluções realmente audaciosas. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.
Startups 2020: Uma força disruptiva
Algumas Startups já renderam tanto que chegaram ao patamar das chamadas “unicórnios”: Startups que chegam ao valor de mercado de 1 bilhão de dólares ou mais. Nubank, iFood, PagSeguro e Stone Pagamentos são alguns exemplos. A Nubank, inclusive, é avaliada em 4 bilhões de dólares.
Segundo a Startupbase, atualmente existem mais de 12 mil startups brasileiras. O número salta todos os anos, uma vez que os brasileiros estão mostrando uma grande preferência pelo empreendedorismo, especialmente na área de TI.
Em entrevista para à EBC, o diretor-executivo da ABStartups, Rafael Ribeiro, diz que o mercado de Startups passa por um amadurecimento interessante: “Os números estão provando isso. A gente vem num crescente de quase 20% no número de startups ano a ano, crescendo bastante em meio à crise que a gente sabe que o país enfrentou”.
Para a Grow, uma das principais aceleradoras e gestoras de investimentos do Brasil, 2020 será o ano das startups. Paulo Beck, CEO da empresa, afirma que a era de ouro das startups ainda está por vir.
“Estamos entrando nos anos dourados para as Startups. O ano passado foi dos mentores, com um crescimento muito grande de pessoas com esse objetivo de ajudar as Startups. Em 2019, tem sido o momento dos investidores, que estão cada vez mais ávidos pelas oportunidades que se apresentam no mercado brasileiro.”
Como uma Startup se destaca no mercado?
Um das grandes premissas das Startups é de que estas empresas experimentais têm o poder de catalisar mudanças extraordinárias em mercados inteiros, elevando jovens empreendedores, cansados da burocracia executiva das gerações anteriores, ao patamar de executivos milionários.
No entanto, nem todos chegam a esse patamar. O índice de mortalidade de startups permanece maior do que qualquer outra atividade econômica: 74% fecham após cinco anos e 18% antes mesmo de completar dois anos, segundo pesquisa da Startup Farm. Em outra pesquisa realizada pela consultoria de dados Parallaxis (2016), 72% das startups brasileiras faturam até R$ 50 mil por ano, sendo que apenas 6% destas têm faturamento de R$ 500 mil ou mais.
É aí que começam os desafios para o ecossistema de inovação e startups do Brasil. O país pontua sempre muito baixo na questão de conectividade com outros países, mesmo se considerarmos a hiperconectada São Paulo. No ranking do Startup Genome de 2018, conceituado relatório anual que mede e classifica a saúde dos ecossistemas inovadores, a cidade sequer aparece entre os 30 hubs globais mais atraentes.
A competição acontece em um nível de infraestrutura e influência que o Brasil sozinho tem poucas condições de chegar, como parcerias internacionais, tecnologia de ponta, novos mercados, capital inteligente e por aí vai.
O retorno do capital de Startups, infelizmente, não se dá de forma ampla e descentralizada, mas sim retroalimenta um grupo cada vez mais fechado de investidores e de Startups, que em muitos casos passam ditar as regras e bloquear o acesso de novos empreendedores a oportunidades de investimento. Este fenômeno já é visto há anos na Califórnia, onde um pequeno percentual de Startups fecham entre si acordos para investimentos mais promissores.
Calma, o futuro parece promissor!
Esses desafios parecem ir na contramão de algumas notícias surgidas recentemente no mundo de Startups brasileiras. Só no ano passado, as Startups brasileiras receberam US$ 859 milhões em aportes, o equivalente a 45,4% dos investimentos em novas empresas na América Latina, segundo a Associação Latino-Americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca).
Dois exemplos ilustram bem esse cenário. Conhecida como “Uber dos caminhões”, a CargoX é uma startup brasileira que tem como finalidade oferecer serviços de transporte de carga com um pilar exclusivo: a tecnologia.
A Bee2Share é um empreendimento que encontra uma empresa, ainda que ela seja de outro setor, que tem as máquinas e equipamentos dos quais outra empresa precisa, mas que não está os usando. A Startup negocia para que essa empresa alugue as máquinas para você, gerando um benefício entre ambas as partes.
No âmbito internacional, temos o exemplo da Magic Leap, Startup de realidade virtual que conseguiu chamar a atenção do Google e recebeu um investimento da gigante de US$ 542 milhões em novembro do ano passado.
É incontestável que o modelo de negócio de startup veio para ficar! Sua flexibilidade e velocidade representam bem a tecnologia contemporânea. Não se trata só de redes sociais hegemônicas, mas também de startups com inteligências artificiais que poderão administrar países inteiros, de tecnologia genética capaz de curar inúmeras doenças e outros feitos que facilitarão a vida humana num futuro próximo.
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