Começar uma Startup pode ser uma montanha-russa de emoções. Segundo a Forbes, para obter sucesso numa Startup, é preciso seguir 5 estágios iniciais: descobrir o problema principal; criar hipóteses de solução; ajustar a solução ao problema; colher dados de mercado; e, finalmente, adquirir clientes e lançar novos produtos/serviços.
Muitas das startups que estão se destacando no mercado nasceram com soluções realmente audaciosas. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.
Algumas Startups já renderam tanto que chegaram ao patamar das chamadas “unicórnios”: Startups que chegam ao valor de mercado de 1 bilhão de dólares ou mais. Nubank, iFood, PagSeguro e Stone Pagamentos são alguns exemplos. A Nubank, inclusive, é avaliada em 4 bilhões de dólares.
Segundo a Startupbase, atualmente existem mais de 12 mil startups brasileiras. O número salta todos os anos, uma vez que os brasileiros estão mostrando uma grande preferência pelo empreendedorismo, especialmente na área de TI.
Em entrevista para à EBC, o diretor-executivo da ABStartups, Rafael Ribeiro, diz que o mercado de Startups passa por um amadurecimento interessante: “Os números estão provando isso. A gente vem num crescente de quase 20% no número de startups ano a ano, crescendo bastante em meio à crise que a gente sabe que o país enfrentou”.
Para a Grow, uma das principais aceleradoras e gestoras de investimentos do Brasil, 2020 será o ano das startups. Paulo Beck, CEO da empresa, afirma que a era de ouro das startups ainda está por vir.
“Estamos entrando nos anos dourados para as Startups. O ano passado foi dos mentores, com um crescimento muito grande de pessoas com esse objetivo de ajudar as Startups. Em 2019, tem sido o momento dos investidores, que estão cada vez mais ávidos pelas oportunidades que se apresentam no mercado brasileiro.”
Um das grandes premissas das Startups é de que estas empresas experimentais têm o poder de catalisar mudanças extraordinárias em mercados inteiros, elevando jovens empreendedores, cansados da burocracia executiva das gerações anteriores, ao patamar de executivos milionários.
No entanto, nem todos chegam a esse patamar. O índice de mortalidade de startups permanece maior do que qualquer outra atividade econômica: 74% fecham após cinco anos e 18% antes mesmo de completar dois anos, segundo pesquisa da Startup Farm. Em outra pesquisa realizada pela consultoria de dados Parallaxis (2016), 72% das startups brasileiras faturam até R$ 50 mil por ano, sendo que apenas 6% destas têm faturamento de R$ 500 mil ou mais.
É aí que começam os desafios para o ecossistema de inovação e startups do Brasil. O país pontua sempre muito baixo na questão de conectividade com outros países, mesmo se considerarmos a hiperconectada São Paulo. No ranking do Startup Genome de 2018, conceituado relatório anual que mede e classifica a saúde dos ecossistemas inovadores, a cidade sequer aparece entre os 30 hubs globais mais atraentes.
A competição acontece em um nível de infraestrutura e influência que o Brasil sozinho tem poucas condições de chegar, como parcerias internacionais, tecnologia de ponta, novos mercados, capital inteligente e por aí vai.
O retorno do capital de Startups, infelizmente, não se dá de forma ampla e descentralizada, mas sim retroalimenta um grupo cada vez mais fechado de investidores e de Startups, que em muitos casos passam ditar as regras e bloquear o acesso de novos empreendedores a oportunidades de investimento. Este fenômeno já é visto há anos na Califórnia, onde um pequeno percentual de Startups fecham entre si acordos para investimentos mais promissores.
Esses desafios parecem ir na contramão de algumas notícias surgidas recentemente no mundo de Startups brasileiras. Só no ano passado, as Startups brasileiras receberam US$ 859 milhões em aportes, o equivalente a 45,4% dos investimentos em novas empresas na América Latina, segundo a Associação Latino-Americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca).
Dois exemplos ilustram bem esse cenário. Conhecida como “Uber dos caminhões”, a CargoX é uma startup brasileira que tem como finalidade oferecer serviços de transporte de carga com um pilar exclusivo: a tecnologia.
A Bee2Share é um empreendimento que encontra uma empresa, ainda que ela seja de outro setor, que tem as máquinas e equipamentos dos quais outra empresa precisa, mas que não está os usando. A Startup negocia para que essa empresa alugue as máquinas para você, gerando um benefício entre ambas as partes.
No âmbito internacional, temos o exemplo da Magic Leap, Startup de realidade virtual que conseguiu chamar a atenção do Google e recebeu um investimento da gigante de US$ 542 milhões em novembro do ano passado.
É incontestável que o modelo de negócio de startup veio para ficar! Sua flexibilidade e velocidade representam bem a tecnologia contemporânea. Não se trata só de redes sociais hegemônicas, mas também de startups com inteligências artificiais que poderão administrar países inteiros, de tecnologia genética capaz de curar inúmeras doenças e outros feitos que facilitarão a vida humana num futuro próximo.