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Red flag no Compliance: o que é e como evitar?

Red Flag
Gabriela MalufGabriela Maluf - 18 de Julho de 2024.

A chamada "Red Flag" no âmbito do Compliance é definida como um sinal de que algo pode estar errado e que merece atenção por parte da organização, ou seja, indica um aumento no grau de risco em determinada negociação, processo, parceria, ou outras atividades empresariais.

Aliás, a cor vermelha é atribuída a este termo justamente para destacar os perigos identificados, que precisam ser combatidos o mais rápido possível para evitar sérios prejuízos à empresa.

Neste contexto, o Reino Unido lidera globalmente em número de estruturas corporativas que levantam dúvidas sobre seu propósito legítimo, de acordo com um novo indicador da Moody's Analytics. Em novembro de 2023, o Moody's Shell Company Indicator revelou que o Reino Unido gera quase cinco milhões de "sinais de risco" para empresas de fachada, superando a China (3,4 milhões) e os EUA (1,8 milhão).

O indicador da Moody's, que analisa mais de 485 milhões de empresas, entidades e pessoas, identifica comportamentos que indicam possíveis envolvimentos em atividades financeiras ilícitas. Entre os comportamentos de risco estão diretorias atípicas, riscos de passivos judiciais, concorrência desleal, inatividade, anomalias financeiras, patrimônio discrepante, dentre outros.

A simples formação de empresas no Reino Unido, onde praticamente qualquer pessoa pode possuir e administrar uma empresa é um fator que contribui para o alto número de potenciais empresas de fachada. A Moody's destaca que esses níveis preocupantes de riscos exigem mais atenção das equipes de gerenciamento de riscos e Compliance.

Neste artigo, exploraremos o que é e como evitar "Red Flags" na empresa adotando boas práticas de Compliance e contanto com a tecnologia como aliada. Siga atentamente com a leitura e compreenda melhor este tema!

O que é Red Flag no Compliance?

As "Red Flags" no âmbito do Compliance nada mais são do que indícios, alertas ou indicadores de potenciais problemas de conformidade dentro de uma organização. Esses sinais apontam para atividades suspeitas, fraudes, violações de leis e regulamentos, ou outros comportamentos que possam representar riscos para a empresa. Por isso, identificar e responder as "Red Flags" é parte fundamental da análise de riscos visando zelar pela integridade e a reputação da organização.

Confira agora alguns exemplos comuns de "Red Flags":

  • Transações Financeiras Suspeitas: Pagamentos frequentes em dinheiro, transferências para contas em paraísos fiscais, ou transações que não correspondem à natureza usual dos negócios;
  • Relacionamentos: Contratos com fornecedores ou parceiros de negócios que têm histórico de problemas de conformidade, ou relacionamentos comerciais que não parecem justificáveis;
  • Comportamentos: Funcionários que evitam auditorias ou controles internos, ou que têm um estilo de vida não compatível com seu salário;
  • Documentação: Falta de documentação apropriada ou inconsistências em registros financeiros e operacionais.
  • Denúncias: Relatos de irregularidades ou comportamentos inadequados por parte de funcionários, fornecedores ou clientes;
  • Práticas não convencionais: Uso de intermediários ou agentes que não agregam valor claro ao negócio, ou contratos com termos não usuais.

Nesse caso, as organizações devem agir rapidamente para investigar e resolver possíveis problemas, implementar medidas corretivas e fortalecer seus programas de compliance para prevenir futuras ocorrências.

Como evitar Red Flag no Compliance?

Para evitar "Red Flags" é fundamental adotar uma estratégia completa que incorpore políticas rigorosas, treinamento constante e tecnologia avançada. Em primeiro lugar, uma empresa deve estabelecer um programa de Compliance adequado, incluindo normas claras e procedimentos detalhados, além de um Código de Ética e Conduta que todos os funcionários e parceiros devem seguir estritamente.

Além disso, a conscientização dos colaboradores é fundamental para prevenir irregularidades. Para tanto, é preciso capacitar os colaboradores para que eles tenham amplo conhecimento sobre as normas e as práticas esperadas para que todos estejam cientes das expectativas e procedimentos corretos.

Outro ponto fundamental é a realização de Due Diligences para avaliar regularmente os parceiros e fornecedores, para estar atento a quaisquer mudanças que possam representar novos riscos, pois isso é vital para que o ambiente de negócios seja realmente seguro. Em linhas gerais, o caminho para alcançar este objetivo é promover uma cultura de conformidade dentro da organização, em que os líderes dão o exemplo e incentivam um ambiente em que os funcionários se sintam seguros para reportar quaisquer irregularidades.

Por fim, vale frisar que o uso de tecnologia ajuda a identificar comportamentos suspeitos e realizar verificações de antecedentes rigorosas, tanto para novos funcionários quanto para fornecedores e parceiros, e assim, minimizar os riscos de celebrar negócios com pessoas ou empresas com histórico questionável.

Quais são os tipos de Red Flags?

Os tipos de "Red Flags" no Compliance mudam conforme o contexto e o setor em que a organização atua. Confira agora alguns dos principais tipos de "Red Flags" que as empresas devem monitorar:

1. Financeiras

Transações suspeitas

Movimentações financeiras que não condizem com o padrão normal de operações da empresa.

Pagamentos em dinheiro

Uso excessivo de dinheiro em transações, o que pode indicar tentativa de ocultar atividades ilegais.

Transferências para paraísos fiscais

Envio de dinheiro para jurisdições com legislação tributária flexível.

2. Operacionais

Documentação falsa

Falta de documentação apropriada ou inconsistências nos registros.

Controle interno insuficiente

Falhas nos mecanismos de controle e supervisão interna.

Problemas de qualidade

Produtos ou serviços que frequentemente não atendem aos padrões de qualidade.

3. Comportamentais

Funcionários relutantes

Colaboradores que evitam auditorias ou verificações de Compliance.

Reclamações

Frequentes denúncias anônimas de comportamento inadequado ou ilegal.

4. Relacionamentos com Terceiros

Histórico de antecedentes

Relações comerciais com pessoas ou entidades que têm histórico de problemas de Compliance.

Intermediários

Uso de agentes ou intermediários cuja função não é claramente justificada.

Conflitos de Interesse

Relações que podem criar conflitos de interesse, como vínculos pessoais entre funcionários e fornecedores.

5. Regulamentares

Não conformidades

Não aderir às leis e regulamentos aplicáveis ao setor.

Auditorias

Resultados negativos frequentes em auditorias regulatórias.

Multas

Histórico de multas ou sanções impostas por órgãos reguladores.

6. Reputacionais

Mídia negativa

Cobertura negativa na mídia que pode indicar problemas de Compliance.

Feedback negativo de clientes

Reclamações recorrentes de clientes sobre práticas comerciais.

Insatisfação de funcionários

Insatisfação generalizada entre funcionários, que revelam problemas culturais ou éticos na empresa.

7. Tecnológicos

Brechas de segurança

Vulnerabilidades frequentes na segurança cibernética da empresa.

Manipulação de Dados

Indícios de manipulação ou falsificação de dados empresariais.

8. Legais

Litígios

Envolvimento constante em processos judiciais.

Contratos suspeitos

Acordos contratuais com cláusulas não usuais ou que favorecem desproporcionalmente uma das partes.

Por fim, é ´preciso ter em mente que identificar e responder a essas "Red Flags" é essencial para proteger a integridade e a reputação da empresa, além de evitar multas e processos judiciais.

Como a tecnologia pode ajudar no combate a Red Flags?

A tecnologia é, atualmente, a ferramenta mais eficaz para auxiliar a empresa no combate a "Red Flags", proporcionando soluções avançadas que ajudam a monitorar, detectar e gerenciar riscos através do funcionalidades e checagens que podem ser customizadas conforme as necessidades da organização.

As plataformas de Compliance integram diversas ferramentas e funcionalidades para ajudar as empresas a gerenciar riscos e realizar checagens de diversos tipos. Outro ponto importante é a gestão de políticas internas, pois a plataforma automatiza a implementação e a verificação de conformidade com políticas internas e regulatórias, bem como a consulta a listas restritivas internacionais.

Por fim, no que se refere a auditorias, com as plataformas de compliance é possível gerar relatórios detalhados e auditáveis que ajudam na identificação de áreas de risco e no cumprimento das normas.

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