E-commerce, Realidade Virtual e próximos passos do Varejo
Encaramos uma nova forma de viver, consumir e desejar durante a pandemia. Após vencermos as medidas de isolamento e da falta de contato interpessoal, parece que a tecnologia e o e-commerce como ponto de apoio para ações comerciais nunca antes feitas vieram para ficar.
Para muitos, foi uma novidade fazer compras online ou estudar via aplicativos de conversa de vídeo - e que foi bem aceita por muitos consumidores. A pesquisa da Nielsen de 2020 observou um crescimento maior que a média em relação a novos consumidores do e-commerce brasileiro, ou seja, aqueles que realizaram pela primeira vez uma compra online.
Já o relatório de 2022 apresenta uma perspectiva de retomada para o Varejo, mas mediante mudanças estruturais significativas. O primeiro semestre de 2022 apresenta um crescimento de 6% versus o semestre anterior, chegando a marca de 118,6Bi em vendas.
Os setores de maior representatividade foram os de Alimentos e Bebidas, Casa e Decoração, Perfumaria e Cosméticos e Moda e Acessórios - apesar de Alimentos e Bebidas estarem ligados à subsistência, as demais categorias têm ligação direta com 'experiência e bem-estar', percebe?
Conheça tendências para o Varejo no episódio #19 do podcast Smart Data Talks
A pandemia mudou a forma como priorizamos nossas compras e como queremos fazê-las. E as empresas que se adaptarem mais rápido nos fornecendo experiências incríveis, sem atrito - e com frete grátis - vão sair na frente na corrida contra a concorrência.
Em 2020, quando a Diretora de Inteligência da Nielsen, Nicole Corbett, falou em saúde, ela estava falando também sobre qualidade de vida. E ela não poderia ter acertado mais na sua previsão.
“Sem dúvida, a adoção de tecnologias para se manter informado e proteger a sua saúde pode inspirar confiança num período estressante e esse pode ser o catalisador imprevisto para ampliar o alcance de plataformas e soluções tecnológicas, não apenas a curto, mas a longo prazo também”
Realidade Virtual: a experiência da loja em casa
Conforme os casos da COVID-19 aumentavam em todo o mundo, a tecnologia de realidade artificial e virtual (A/VR) trazia a experiência da loja para as casas. Imagine a capacidade de comprar remotamente, visualizar a roupa no seu corpo pela câmera, ou mesmo simular o seu melhor tamanho montando um avatar personalizado. Tudo isso no conforto da sua casa.
Uma prateleira virtual é preenchida com uma seleção de itens com base no seu histórico de compras. Você seleciona produtos, faz perguntas ao assistente virtual e verifica as avaliações de outras pessoas.
O que parecia muito distante, agora já é uma realidade para muitas lojas do varejo de moda, supermercados e outros setores. Aplicativos de smartphone aproveitam também a realidade aumentada para mostrar como um móvel ou cor de tinta ficará na casa do consumidor.
“Os consumidores estão menos preparados para experimentar fisicamente os produtos e é aí que a realidade aumentada pode replicar experiências”, afirma Ji Hyuk Park, líder comercial na Nielsen Coréia do Sul.
- Conheça exemplos reais em diferentes setores no artigo: Phygital no varejo: soluções tecnológicas para o futuro do setor
A progressão no uso da tecnologia pode começar com funcionalidades básicas oferecidas pelos smartphones, como pagamentos móveis. Mas mais importante do que se adequar comprando as melhores ferramentas e softwares, é reconhecer o valor deles como sensores de dados, capazes de trazer insights valiosos para o seu negócio antecipar tendências, gerar mais valor, e realizar ofertas segmentadas.
À medida que os consumidores se tornam mais confortáveis com as ferramentas digitais e entendam o valor que existe na cessão dos seus dados pessoais, novos avanços, como assinaturas automáticas e ofertas personalizadas por geolocalização, mudarão a forma de comprar e acelerarão a adoção de ferramentas mais sofisticadas do que a VR.
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